Kit anti-homofobia e a Ciência

Minha contribuição ao tema da homossexualidade. Leia abaixo do vídeo de Daniel Fraga.

A Natureza não é estática. Sua característica dinâmica a obriga a constantes aperfeiçoamentos evolutivos. Essa constatação se dá pelas diferentes tentativas que foram utilizadas para perpetuar as espécies.

Desde a reprodução assexuada até a reprodução sexuada os mecanismos de reprodução foram se consolidando. Plantas e animais sempre encontraram um modo de existir através de fissão binária (cissiparidade, bipartição), auto-fecundação, hetero-fecundação ou fecundação cruzada (exemplo das minhocas). Até os casos de hermafroditismo verdadeiro ainda provam a necessidade da manutenção dessa função, mesmo que não resultem efetivas. Vi casos em que fêmeas de Lebistes reticulatus (peixes ornamentais) viraram machos férteis quando isoladas com outras fêmeas por longo tempo; o inverso também ocorreu com machos isolados. Darwin observou fenômenos de adaptação em outras diferentes funções animais e vegetais.

Fenômenos como o hermafroditismo verdadeiro, os signos culturais rígidos das sociedades naturais (indígenas não-aculturados), as trocas de mulheres, a existências dos clãs e a divisão do trabalho masculino e feminino entre grupos populacionais reduzidos nos são fartamente demonstrados por cientistas, antropólogos e etnólogos em seus trabalhos de campo desde Claude Lévy Strauss, Bronislaw Malinowski, Pierre Clastres e outros. Certamente os índios devem temer a homossexualidade como anomalia que dificulta a reprodução e reduz a população, podendo levar ao extermínio do grupo. Não seria o preconceito que levaria a organização e ritualização dos costumes dessas sociedades, posto que normalmente elas são conduzidas instintual e intuitivamente para estruturar-se.

(No próximo post colocarei um vídeo que resume como a homossexualidade é sentida e tratada pelos índios Guaiaquí cujo título é: Homossexualismo guaiaquí, adaptado do livro de Pierre Clastres)

Fiz essas considerações para mostrar que algumas pessoa tentam manipular a verdade sobre o tema do homossexualismo.

O homossexualismo não é doença, mas é uma anomalia. O conceito de doença só deve ser compreendido como patologia ou disfunção biológica de natureza somática. Caso fique provado que esteja ligado ao gene poderia ser considerada uma anomalia genética, dificultando – mas não impedindo – a função reprodutiva.

O comportamento homossexual se origina da mente (fator virtual) e não do corpo, embora fisiológica e anatomicamente os hormônios e a genitália estejam perfeitamente configuradas para a reprodução natural. O bissexualismo funciona de forma bipolar, ora orientando a libido para um ou para outro gênero. Seus portadores sofrem pelo fato de não possuirem uma identidade sexual definida enquanto os homossexuais, por não se ajustarem as normas culturais vigentes e não poderem fundar uma família com descentes biológicos.

Considero o homossexualismo uma anomalia. Aquilo que se desvia da norma, da média geral, uma irregularidade, uma deformação que desvia da função para a qual foi projetada naturalmente. É preciso considerar, porém, que o Homo sapiens sapiens pode ser considerado um animal que sofreu uma forte diferenciação em relação aos seus ancestrais, adquirindo e sendo influenciado pelo surgimento da cultura.

Poderíamos até imaginar o homossexualismo como um mecanismo natural de controle populacional como ocorre na cadeia alimentar, onde animais e vegetais sobrevivem guardando proporcionalidade numérica que evita desequilíbrios no ambiente.

Creio que homossexuais e heterossexuais devem ser respeitados nas suas preferências de gênero pelo direito do livre arbítrio. Não podem fazer opção pelo fato de estarem sujeitos às possíveis mutações genéticas ou instintuais.

Dizer que homofobia é um preconceito demonstra desconhecimento do significado do termo ou interpretação distorcida desse significado para fins ideológicos ou de militância. Homofobia, heterofobia, agorafobia, claustrofobia, etc. , são condições psiconeuróticas desvinculadas de funções do juízo crítico e, portanto, sem vinculações com a racionalidade. São passíveis de cura por diferentes metodologias psicoterápicas.

Preconceito ou pré-conceito é um “juízo” preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude discriminatória em relação a pessoas, lugares ou rituais considerados diferentes ou “exóticos”. Originam-se de aprendizagens estereotipadas, onde a reflexão e o conhecimento são substituídos por “chavões” ou “bordões” repetitivos.

Os arautos do Estado ideológico para manter-se no Poder e os religiosos fanáticos jamais se orientarão por normas técnicas e científicas; eles preferem a propaganda que possa ser facilmente aceita por pessoas de baixa escolaridade. Como diz a Sabedoria Ianomâmi: “a natureza humana é frágil e nunca conseguirá lidar bem com grandes doses de poder”.

Você está certo Daniel Fraga.

Luiz Gonzaga

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4 respostas para Kit anti-homofobia e a Ciência

  1. ROGER disse:

    Olá, estou lhe passando um link de um vídeo porém não sei se já o viu.

    Essa é a tatica utilizada pelo pt para chegar onde desejam.

    Estão em comum sincronia com o movimento comunista internacional.

    Se possíve abra um post em seu blog sobre isso e divulgue o máxima que puder.

    O título dó vídeo na minha opinião deveria de ser mudado, esse cara do vídeo é um ex-agente da kgb. Ele profetizou o que está ocorrendo atualmente no mundo.

  2. Ricardo Lattes disse:

    Ser gay, lésbica ou assemelhado, não é doença, muito menos opção sexual, mas sim uma anomalia. O padrão básico de formação do feto da espécie humana é feminino (É por isso que homens têm mamilos).Entre 6 e 8 semanas depois da concepção, o feto do sexo masculino (XY) recebe uma dose maciça de hormônios chamados androgênios que, primeiro, formam os testículos e, num segundo momento, alteram o cérebro de um formato feminino para uma configuração masculina. Quando esse feto não recebe na época certa a quantidade suficiente de hormônio, duas coisas podem acontecer. Primeiro, nascer um menino com o cérebro estruturamente mais feminino que masculino e que provavelmente vai se descobrir gay na adolescência. Segundo, um bebê geneticamente do sexo masculino, com os genitais correspondentes e o funcionamento do cérebro inteiramente feminino – um transexual.E isso é uma coisa que NÃO pode ser mudada! É uma orientação inalterável!E no caso das lésbicas, é pelo fato de o feto feminino ter recebido grande quantidade de testosterona da mãe, antes das 8 semanas de gestação.Não tem nada de que ser gay vem de criação, pomba gira, desvio sexual, muito menos birra para o pastor Malafaia, inimigo número um dos homos. Sou contra a violência, contra exibicionismo tanto hétero como homo,contra estes movimentos em moda, não sinto preconceito quando vejo dois homens aos beijos na boca, mas sinto repulsa. Dito isso, envio-lhe um grande abraço.

    • xfreitas44 disse:

      Concordo que o homossexualismo é uma anomalia e não uma doença. É minha afirmação no texto.
      Só não consigo entender os mecanismos que atuam no caso dos peixes (Lebistes) “metamorfose sexual” e das minhocas (hermafroditismo verdadeiro). Tais mecanismos devem merecer mais estudos. Se souber de fontes que esclareçam esses fatos ficarei grato se puder enviar.

      Agradeço sua contribuição. Abraço!

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